Sábado, Outubro 5, 2024

Turistrela Acusa ICNF de Bloquear Projetos na Serra da Estrela

O administrador da Turistrela, Artur Costa Pais, acusou o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) de inviabilizar a maioria dos projetos apresentados no ano passado no âmbito do Plano de Investimento para o Desenvolvimento Turístico Sustentável da Serra da Estrela, solicitado pelo Governo. Em resposta, a diretora regional do ICNF, Fátima Reis, defendeu a renaturalização da Torre e enfatizou a missão do instituto de preservar o património natural.

Durante a Assembleia Municipal da Covilhã, dedicada ao debate sobre as acessibilidades à Serra da Estrela, Artur Costa Pais destacou que projetos como a ampliação da Varanda dos Carqueijais, a requalificação do edifício do teleférico nos Piornos, que seria transformado num hotel do grupo Sana, e a reconstrução da Estalagem da Torre foram bloqueados pelo ICNF.

“No Plano de Investimento que apresentámos ao Governo, 95% de tudo o que queríamos fazer está muito limitado, porque o Plano de Ordenamento limita bastante qualquer iniciativa”, lamentou o administrador da Turistrela. Ele salientou a necessidade de rever estas limitações, sublinhando que a Serra da Estrela é uma área única em Portugal, ao contrário de países como Espanha, França e Suíça, que possuem várias cadeias montanhosas.

Em resposta, Fátima Reis garantiu que o ICNF está atento às necessidades de acessibilidade e investimento, mas reforçou que qualquer projeto deve respeitar a preservação do património natural. “O ICNF tem as costas largas”, afirmou, reconhecendo a dificuldade de concretizar ideias e deixando claro que a prioridade é renaturalizar a Torre, evitando construções que não tragam valor à serra.

A diretora regional reconheceu que o estado atual da Torre não é satisfatório e defendeu a valorização do local, mas sempre respeitando o património natural. Fátima Reis mencionou que o Plano de Ordenamento do Parque Natural está a ser atualizado e que o Plano de Pormenor Intermunicipal da Torre, envolvendo os municípios da Covilhã, Seia e Manteigas, está a ser elaborado para definir o que pode ou não ser desenvolvido na área.

“Nós não nos opomos aos investimentos, opomo-nos à não preservação dos valores naturais”, concluiu Fátima Reis.

O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, acrescentou que a Turistrela se encontra frequentemente “num colete de forças” devido às restrições impostas pelo Plano de Ordenamento.

Este debate revela a tensão entre a necessidade de desenvolvimento turístico sustentável e a preservação do património natural na Serra da Estrela, um equilíbrio delicado que continua a ser um desafio para todas as partes envolvidas.

Turistrela Acusa ICNF de Bloquear Projetos na Serra da Estrela

O administrador da Turistrela, Artur Costa Pais, acusou o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) de inviabilizar a maioria dos projetos apresentados no ano passado no âmbito do Plano de Investimento para o Desenvolvimento Turístico Sustentável da Serra da Estrela, solicitado pelo Governo. Em resposta, a diretora regional do ICNF, Fátima Reis, defendeu a renaturalização da Torre e enfatizou a missão do instituto de preservar o património natural.

Durante a Assembleia Municipal da Covilhã, dedicada ao debate sobre as acessibilidades à Serra da Estrela, Artur Costa Pais destacou que projetos como a ampliação da Varanda dos Carqueijais, a requalificação do edifício do teleférico nos Piornos, que seria transformado num hotel do grupo Sana, e a reconstrução da Estalagem da Torre foram bloqueados pelo ICNF.

“No Plano de Investimento que apresentámos ao Governo, 95% de tudo o que queríamos fazer está muito limitado, porque o Plano de Ordenamento limita bastante qualquer iniciativa”, lamentou o administrador da Turistrela. Ele salientou a necessidade de rever estas limitações, sublinhando que a Serra da Estrela é uma área única em Portugal, ao contrário de países como Espanha, França e Suíça, que possuem várias cadeias montanhosas.

Em resposta, Fátima Reis garantiu que o ICNF está atento às necessidades de acessibilidade e investimento, mas reforçou que qualquer projeto deve respeitar a preservação do património natural. “O ICNF tem as costas largas”, afirmou, reconhecendo a dificuldade de concretizar ideias e deixando claro que a prioridade é renaturalizar a Torre, evitando construções que não tragam valor à serra.

A diretora regional reconheceu que o estado atual da Torre não é satisfatório e defendeu a valorização do local, mas sempre respeitando o património natural. Fátima Reis mencionou que o Plano de Ordenamento do Parque Natural está a ser atualizado e que o Plano de Pormenor Intermunicipal da Torre, envolvendo os municípios da Covilhã, Seia e Manteigas, está a ser elaborado para definir o que pode ou não ser desenvolvido na área.

“Nós não nos opomos aos investimentos, opomo-nos à não preservação dos valores naturais”, concluiu Fátima Reis.

O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, acrescentou que a Turistrela se encontra frequentemente “num colete de forças” devido às restrições impostas pelo Plano de Ordenamento.

Este debate revela a tensão entre a necessidade de desenvolvimento turístico sustentável e a preservação do património natural na Serra da Estrela, um equilíbrio delicado que continua a ser um desafio para todas as partes envolvidas.

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