O Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário e Calçado da Beira Interior comunicou que a greve de 11 de dezembro registou, nos primeiros turnos, adesões que oscilam entre os 50% e os 95%, números que a estrutura sindical considera reveladores de “um setor unido, consciente e firme na defesa dos seus direitos”.
Em nota enviada à Comunicação Social, o sindicato sublinha que cada percentagem “representa trabalhadores que, com o seu gesto, afirmaram que não aceitam retrocessos nem ataques à contratação coletiva, aos salários e à dignidade no trabalho”, acrescentando que os trabalhadores “estão a dar uma grande resposta e provam, mais uma vez, que quando unidos, nada os cala e tudo é possível”.
No que respeita às empresas do Grupo Paulo de Oliveira, a estrutura sindical destaca a Tessimax, onde existe um elevado número de trabalhadores de outras nacionalidades. Ainda assim, entre os trabalhadores do quadro, a adesão à greve terá rondado os 50%. Na empresa Penteadora, a participação no primeiro turno é apontada em cerca de 70%, valor idêntico ao registado na empresa Paulo de Oliveira.
O sindicato considera que estes níveis de adesão reforçam a unidade dos trabalhadores na luta contra o “pacote laboral” e refletem também a indignação relativamente aos salários praticados e ao valor do subsídio de alimentação no setor, fixado em 2,65 euros, montante que classifica como “vergonhoso”.
Na mesma nota, a estrutura sindical deixa ainda um apelo aos trabalhadores que não aderiram à paralisação, para que “olhem para as lutas do passado” e defendam os direitos “duramente conquistados”, lutando “pelo presente e pelo futuro das próximas gerações”. O Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário e Calçado da Beira Interior termina saudando “a forma extraordinária” como os trabalhadores se mobilizaram, lembrando que “os direitos defendem-se e conquistam-se com a determinação daqueles que não abdicam de os defender e exigir”.
