O Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário e Calçado da Beira Interior informou a Caria FM que a adesão à greve de 11 de dezembro, nas empresas com segundo turno e na Benoli, “demonstra a unidade dos trabalhadores” na defesa dos seus direitos. Em nota enviada à nossa redação, a estrutura sindical sublinha que cada percentagem registada corresponde a trabalhadores que, “com o seu gesto, afirmaram que não aceitam retrocessos nem ataques à contratação coletiva, aos salários e à dignidade no trabalho”.
De acordo com os dados facultados pelo sindicato, na empresa Benoli a adesão rondou os 53%. Já na Penteadora, o segundo turno registou cerca de 90% de trabalhadores em greve, enquanto na Paulo de Oliveira a participação atingiu aproximadamente 70%. Na Haco Etiquetas, a adesão no segundo turno foi de cerca de 56%. Estes números, refere o sindicato, confirmam que os trabalhadores “estão unidos na luta contra o pacote laboral” e exprimem igualmente a indignação face aos salários considerados baixos e ao valor do subsídio de alimentação no setor, fixado em 2,65 euros, montante que a estrutura classifica como “vergonhoso”.
Na mesma comunicação, o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário e Calçado da Beira Interior dirige ainda uma mensagem aos que não aderiram à greve, apelando a que “olhem para as lutas do passado e defendam os direitos duramente conquistados”, lutando “pelo presente e pelo futuro das próximas gerações”. A nota termina com uma saudação à “forma extraordinária” como os trabalhadores se mobilizaram, lembrando que “os direitos defendem-se e conquistam-se com a determinação daqueles que não abdicam de os defender e exigir”.