A edição mais recente do Fórum Liderar em Estudos Globais (FOLEG) decorreu no dia 17 de dezembro nos Paços do Concelho da Sertã, com organização da Universidade Aberta (UAb) e apoio do Município da Sertã e do Polo de Ciência e Cultura da UAb da Sertã. O evento contou com a presença de académicos de várias universidades portuguesas.
Carlos Miranda, Presidente da Câmara Municipal da Sertã, abriu os trabalhos afirmando:
“Vivemos uma época repleta de desafios e de constantes interrogações. Num mundo globalizado, em que as distâncias se encurtaram e o crescimento parece não conhecer fronteiras, torna-se cada vez mais importante encontrar tempo para estudar, refletir e, sobretudo, dialogar.”
O autarca convidou os presentes a fazer do FOLEG “um espaço privilegiado de encontro, de questionamento e de inspiração. Um momento de pausa consciente para melhor compreendermos o presente e pensarmos, com lucidez e responsabilidade, o futuro que queremos construir”.
José Eduardo Franco, diretor do Centro de Estudos Globais da UAb, destacou a importância dos estudos globais no contexto atual, referindo que no Japão estas abordagens são utilizadas pelas universidades como “via para a excelência no ensino” e “como meio para problematizar e refletir acerca da sociedade”.
Nuno Rebelo, da Universidade de Évora, abordou a emergência de uma nova ciência da globalização, apontando “provocações e tensões” e os “perigos” de um mundo em constante transformação e polarizado, sublinhando ainda os desafios que a digitalização e a inteligência artificial colocam aos cidadãos.
No painel sobre estudos globais, participaram Alexandra Magnólia Dias (NOVA FCSH), Amélia Polónia (Universidade do Porto), e João Relvão Caetano e Cristiana Lucas Silva (Universidade Aberta). João Relvão Caetano alertou para a necessidade de “estabelecer uma fronteira clara relativamente ao estudo da globalização. Não são a mesma coisa, embora possam estar no mesmo campo de atuação”.
Amélia Polónia e Alexandra Magnólia Dias apresentaram novas abordagens adotadas nas universidades portuguesas, destacando projetos e metodologias desenvolvidas na Universidade do Porto e na NOVA FCSH, respetivamente.
O fórum proporcionou um debate rico sobre os desafios contemporâneos da globalização e reforçou a importância de consolidar os estudos globais como campo académico estratégico e crítico para compreender a sociedade atual.





