A Câmara Municipal da Covilhã aprovou uma moção a defender que o aumento de vagas no ensino superior deve ser “preferencialmente atribuído às instituições sediadas no interior” do país, em sentido contrário ao que está previsto para o próximo ano letivo.
A moção foi apresentada pelo presidente do município, Hélio Fazendeiro, e aprovada por unanimidade na reunião do executivo realizada em sexta-feira,
No documento, a autarquia sublinha a importância das instituições de ensino superior para o desenvolvimento do interior, considerando-as âncoras de desenvolvimento regional e motores de conhecimento, inovação, emprego qualificado e dinamização económica. A Câmara aponta ainda o papel destas instituições na atração e fixação de jovens, nacionais e estrangeiros, em territórios de baixa densidade, referindo a Universidade da Beira Interior e outros politécnicos sediados no interior.
A moção critica a intenção de permitir que, “de forma indiscriminada”, todas as instituições de ensino superior no país aumentem o número de vagas até 5%, defendendo a integração de critérios de coesão territorial na definição anual do número de vagas, valorizando o impacto regional, a fixação de jovens e a capacidade instalada das instituições do interior. O documento será agora enviado ao Governo, entre outras entidades.
