O pico da gripe em Portugal deverá ser alcançado entre o final do ano e o início de 2026, coincidindo com o período das celebrações de Natal e de Ano Novo. Especialistas alertam, no entanto, para a possibilidade de uma nova vaga de infeções respiratórias no início do próximo ano, associada ao regresso das crianças e dos jovens às escolas.
Para além da gripe, existe também preocupação com um eventual aumento de casos graves de Covid-19 durante o inverno. A reduzida adesão à vacinação contra o SARS-CoV-2 é apontada como um fator de risco acrescido, deixando uma parte significativa da população menos protegida face às infeções respiratórias sazonais.
A maior proximidade entre pessoas típica desta época festiva, marcada por encontros familiares e convívios sociais, é identificada como um elemento que favorece a transmissão de vírus respiratórios. Nesse sentido, são deixados vários apelos à prevenção, sobretudo dirigidos aos grupos mais vulneráveis.
As recomendações passam pelo reforço da vacinação para quem integra grupos de risco, pelo cumprimento da chamada “etiqueta respiratória”, pela utilização de máscara em contextos de maior exposição e pela redução da participação em grandes aglomerados, sempre que possível.
É também defendida a necessidade de rever a estratégia de vacinação em Portugal, com metas mais ambiciosas de cobertura vacinal entre idosos, doentes crónicos e profissionais de saúde. Para tal, será necessário aumentar significativamente o número de vacinas administradas e reforçar a comunicação junto da população sobre a importância da prevenção.
As autoridades de saúde apelam, assim, a um comportamento responsável durante o período festivo, sublinhando que a adoção de medidas simples pode contribuir de forma decisiva para reduzir o impacto das infeções respiratórias ao longo do inverno.