Doze pessoas perderam a vida nas estradas portuguesas entre 18 e 24 de dezembro, no âmbito das operações de segurança rodoviária associadas ao período de Natal e Ano Novo. No mesmo intervalo, 433 condutores foram detidos por conduzirem sob o efeito do álcool, num balanço considerado particularmente negativo pelas autoridades.
De acordo com os dados divulgados, a sinistralidade mortal repartiu-se entre as duas forças de segurança, com três vítimas mortais registadas na área de responsabilidade da Polícia de Segurança Pública (PSP) e nove na zona abrangida pela Guarda Nacional Republicana (GNR).
Durante a operação especial de Natal, a PSP efetuou um total de 459 detenções em todo o território nacional. Destas, 235 estiveram relacionadas com crimes rodoviários, destacando-se 161 detenções por condução em estado de embriaguez e 74 por falta de habilitação legal para conduzir. Foram ainda detidos 32 indivíduos por crimes contra a propriedade, como furtos e roubos, e 35 suspeitos por tráfico de estupefacientes, com a apreensão de 45.253 doses individuais. No controlo da fronteira aérea, foram detidos 15 cidadãos em situação ilegal no país.
Ao nível da fiscalização rodoviária, a PSP fiscalizou 9.563 condutores e controlou 35.387 viaturas por radar, tendo sido detetadas 2.734 infrações à legislação em vigor. No que respeita à sinistralidade, foram registados 1.264 acidentes, dos quais resultaram 18 feridos graves, 372 feridos ligeiros e três vítimas mortais.
Já a GNR fiscalizou 55.244 condutores no mesmo período, tendo identificado 468 situações de excesso de álcool. Deste universo, 272 condutores foram detidos por apresentarem uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 g/l. Foram ainda detidas 86 pessoas por conduzirem sem carta.
A GNR contabilizou igualmente 8.580 contraordenações rodoviárias e registou 1.755 acidentes, que provocaram nove mortos, 38 feridos graves e 433 feridos ligeiros, reforçando o alerta para os riscos acrescidos da condução em períodos festivos.
As autoridades sublinham que o balanço evidencia a necessidade de manter comportamentos responsáveis ao volante, apelando ao cumprimento das regras de trânsito como fator essencial para reduzir a sinistralidade rodoviária.
