Sábado, Novembro 23, 2024

Idade mínima para rastreio do cancro da mama vai baixar para os 45 anos em Portugal

A partir dos próximos meses, a idade mínima para o rastreio do cancro da mama em Portugal será reduzida para 45 anos, seguindo as orientações da União Europeia. Esta medida, anunciada pela secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, deverá ser implementada assim que a Direção-Geral de Saúde (DGS) publique a nova norma, prevista para daqui a um mês e meio a dois meses.

Atualmente, o rastreio gratuito está disponível para mulheres entre os 50 e 69 anos, sendo realizado de dois em dois anos. Contudo, a nova norma alargará o acesso ao rastreio para mulheres a partir dos 45 anos e estenderá a faixa etária até aos 74 anos, permitindo que mais mulheres realizem mamografias preventivas e garantindo que se cumprem as recomendações da União Europeia, emitidas há dois anos.

Diagnóstico precoce para combater o aumento de casos em mulheres jovens

A secretária de Estado destacou que a medida é uma resposta ao aumento da incidência de cancro da mama em mulheres mais jovens, uma tendência observada nos últimos anos. “Esta é uma decisão política importante, mas que se baseia em recomendações técnicas. A DGS já está a trabalhar na atualização da norma, e contamos que, num curto espaço de tempo, as mulheres a partir dos 45 anos possam ter acesso ao rastreio”, afirmou Ana Povo.

O rastreio do cancro da mama, ao contrário de outros tipos de rastreios, não previne a doença, mas permite um diagnóstico mais precoce, o que aumenta significativamente as chances de tratamento eficaz. “Queremos que as mulheres que, infelizmente, venham a sofrer de cancro da mama sejam diagnosticadas o mais cedo possível, para que possam iniciar o tratamento rapidamente e, assim, melhorar as suas hipóteses de recuperação”, sublinhou a secretária de Estado.

Impacto do rastreio na saúde pública

Em Portugal, o cancro da mama é uma das principais causas de morte em mulheres, com cerca de 9.000 novos casos diagnosticados por ano e mais de 2.000 mortes resultantes da doença, de acordo com dados da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC). No entanto, o rastreio tem sido uma ferramenta fundamental no combate à doença, permitindo o diagnóstico e o tratamento precoce em milhares de mulheres. Desde a sua implementação, o programa de rastreio já realizou mais de 5,3 milhões de mamografias, encaminhando cerca de 30.000 mulheres para tratamento, muitas das quais conseguiram uma cura total.

Ana Povo destacou também que o Governo e a DGS estão a trabalhar para melhorar as taxas de cobertura dos rastreios, tanto oncológicos quanto não oncológicos, com o objetivo de alcançar pelo menos 80% de cobertura da população-alvo. Para isso, está a ser desenvolvido um modelo de governação dos rastreios, que permitirá uma melhor gestão e eficácia destes programas de saúde pública.

Mudanças no processo de rastreio

Com a nova norma, todas as mulheres entre os 45 e os 74 anos passarão a ser convidadas para realizar mamografias gratuitas através de cartas enviadas pelos centros de saúde. Estas cartas-convite serão enviadas com regularidade para garantir que as mulheres possam realizar o rastreio de dois em dois anos. As Unidades Móveis de Rastreio de Cancro da Mama, que já percorrem os concelhos do país em intervalos de dois anos, estacionando normalmente junto aos centros de saúde locais, continuarão a desempenhar um papel crucial no acesso ao rastreio.

Ana Povo não descartou a possibilidade de haver uma “repescagem” das mulheres que, durante este ano, completaram 45 anos, garantindo que não serão excluídas do novo processo de rastreio. “Podemos depois analisar como incluir estas mulheres para que possam beneficiar da nova norma”, afirmou.

Prevenção e sensibilização são essenciais

No Dia Mundial do Cancro da Mama, a secretária de Estado da Saúde aproveitou para reforçar a importância da prevenção e da vigilância ativa por parte das mulheres. “Uma em cada oito mulheres corre o risco de desenvolver cancro da mama ao longo da vida. Por isso, além do rastreio, é fundamental que as mulheres façam a auto-palpação da mama regularmente e, ao menor sinal de anomalia, consultem o seu médico de família”, aconselhou Ana Povo.

Embora o rastreio seja uma ferramenta poderosa no diagnóstico precoce, a sensibilização e o acompanhamento contínuo são essenciais para reduzir a mortalidade associada ao cancro da mama. O envolvimento da sociedade civil, nomeadamente através de iniciativas como as campanhas de sensibilização da Liga Portuguesa Contra o Cancro, também desempenha um papel fundamental na promoção do rastreio e na consciencialização para a importância do diagnóstico precoce.

Um novo passo na luta contra o cancro da mama

A antecipação da idade mínima para o rastreio do cancro da mama para os 45 anos representa um passo significativo na luta contra uma das doenças oncológicas mais prevalentes em Portugal. Com esta medida, o Governo espera aumentar as taxas de diagnóstico precoce, permitindo que mais mulheres tenham acesso a tratamentos menos agressivos e mais eficazes, com maior probabilidade de cura.

Esta mudança está em linha com as melhores práticas europeias e reforça o compromisso de Portugal em melhorar a saúde pública e garantir que as mulheres tenham acesso aos cuidados de saúde de que necessitam para viverem vidas mais longas e saudáveis.

Idade mínima para rastreio do cancro da mama vai baixar para os 45 anos em Portugal

A partir dos próximos meses, a idade mínima para o rastreio do cancro da mama em Portugal será reduzida para 45 anos, seguindo as orientações da União Europeia. Esta medida, anunciada pela secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, deverá ser implementada assim que a Direção-Geral de Saúde (DGS) publique a nova norma, prevista para daqui a um mês e meio a dois meses.

Atualmente, o rastreio gratuito está disponível para mulheres entre os 50 e 69 anos, sendo realizado de dois em dois anos. Contudo, a nova norma alargará o acesso ao rastreio para mulheres a partir dos 45 anos e estenderá a faixa etária até aos 74 anos, permitindo que mais mulheres realizem mamografias preventivas e garantindo que se cumprem as recomendações da União Europeia, emitidas há dois anos.

Diagnóstico precoce para combater o aumento de casos em mulheres jovens

A secretária de Estado destacou que a medida é uma resposta ao aumento da incidência de cancro da mama em mulheres mais jovens, uma tendência observada nos últimos anos. “Esta é uma decisão política importante, mas que se baseia em recomendações técnicas. A DGS já está a trabalhar na atualização da norma, e contamos que, num curto espaço de tempo, as mulheres a partir dos 45 anos possam ter acesso ao rastreio”, afirmou Ana Povo.

O rastreio do cancro da mama, ao contrário de outros tipos de rastreios, não previne a doença, mas permite um diagnóstico mais precoce, o que aumenta significativamente as chances de tratamento eficaz. “Queremos que as mulheres que, infelizmente, venham a sofrer de cancro da mama sejam diagnosticadas o mais cedo possível, para que possam iniciar o tratamento rapidamente e, assim, melhorar as suas hipóteses de recuperação”, sublinhou a secretária de Estado.

Impacto do rastreio na saúde pública

Em Portugal, o cancro da mama é uma das principais causas de morte em mulheres, com cerca de 9.000 novos casos diagnosticados por ano e mais de 2.000 mortes resultantes da doença, de acordo com dados da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC). No entanto, o rastreio tem sido uma ferramenta fundamental no combate à doença, permitindo o diagnóstico e o tratamento precoce em milhares de mulheres. Desde a sua implementação, o programa de rastreio já realizou mais de 5,3 milhões de mamografias, encaminhando cerca de 30.000 mulheres para tratamento, muitas das quais conseguiram uma cura total.

Ana Povo destacou também que o Governo e a DGS estão a trabalhar para melhorar as taxas de cobertura dos rastreios, tanto oncológicos quanto não oncológicos, com o objetivo de alcançar pelo menos 80% de cobertura da população-alvo. Para isso, está a ser desenvolvido um modelo de governação dos rastreios, que permitirá uma melhor gestão e eficácia destes programas de saúde pública.

Mudanças no processo de rastreio

Com a nova norma, todas as mulheres entre os 45 e os 74 anos passarão a ser convidadas para realizar mamografias gratuitas através de cartas enviadas pelos centros de saúde. Estas cartas-convite serão enviadas com regularidade para garantir que as mulheres possam realizar o rastreio de dois em dois anos. As Unidades Móveis de Rastreio de Cancro da Mama, que já percorrem os concelhos do país em intervalos de dois anos, estacionando normalmente junto aos centros de saúde locais, continuarão a desempenhar um papel crucial no acesso ao rastreio.

Ana Povo não descartou a possibilidade de haver uma “repescagem” das mulheres que, durante este ano, completaram 45 anos, garantindo que não serão excluídas do novo processo de rastreio. “Podemos depois analisar como incluir estas mulheres para que possam beneficiar da nova norma”, afirmou.

Prevenção e sensibilização são essenciais

No Dia Mundial do Cancro da Mama, a secretária de Estado da Saúde aproveitou para reforçar a importância da prevenção e da vigilância ativa por parte das mulheres. “Uma em cada oito mulheres corre o risco de desenvolver cancro da mama ao longo da vida. Por isso, além do rastreio, é fundamental que as mulheres façam a auto-palpação da mama regularmente e, ao menor sinal de anomalia, consultem o seu médico de família”, aconselhou Ana Povo.

Embora o rastreio seja uma ferramenta poderosa no diagnóstico precoce, a sensibilização e o acompanhamento contínuo são essenciais para reduzir a mortalidade associada ao cancro da mama. O envolvimento da sociedade civil, nomeadamente através de iniciativas como as campanhas de sensibilização da Liga Portuguesa Contra o Cancro, também desempenha um papel fundamental na promoção do rastreio e na consciencialização para a importância do diagnóstico precoce.

Um novo passo na luta contra o cancro da mama

A antecipação da idade mínima para o rastreio do cancro da mama para os 45 anos representa um passo significativo na luta contra uma das doenças oncológicas mais prevalentes em Portugal. Com esta medida, o Governo espera aumentar as taxas de diagnóstico precoce, permitindo que mais mulheres tenham acesso a tratamentos menos agressivos e mais eficazes, com maior probabilidade de cura.

Esta mudança está em linha com as melhores práticas europeias e reforça o compromisso de Portugal em melhorar a saúde pública e garantir que as mulheres tenham acesso aos cuidados de saúde de que necessitam para viverem vidas mais longas e saudáveis.

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