Politécnico da Guarda Garante 335 Novos Alunos e Critica Políticas do Governo

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) assegurou a entrada de 335 novos alunos para o ano letivo de 2025-2026, após a conclusão da 2.ª fase do Concurso Nacional de Acesso (CNA). Apesar de cursos como Enfermagem e Educação Básica terem esgotado as vagas, o presidente da instituição, Joaquim Brigas, responsabiliza as políticas governamentais pela diminuição geral de estudantes no país, que penaliza especialmente as instituições do interior.

Dos 335 estudantes agora colocados, 117 entraram através da 2.ª fase do concurso. Segundo os dados oficiais, os cursos de Enfermagem e Educação Básica estão completos. Já a licenciatura em Desenho de Equipamento e Ambientes ficou com apenas uma vaga disponível, que se espera ser preenchida na 3.ª fase do CNA.

Joaquim Brigas considera que, “após a diminuição global de alunos colocados no Ensino Superior”, o número de colocações no IPG “compara bem com o de instituições similares no atual contexto”. O presidente do Politécnico da Guarda mantém a esperança de aumentar o número total de novos estudantes na 3.ª fase e através dos concursos especiais.

No entanto, o responsável tece duras críticas à situação atual do ensino superior. “A baixa do número de alunos a concorrerem ao ensino superior é uma consequência direta das políticas adotadas pelo último Governo de António Costa, as quais este Governo de Luís Montenegro não teve coragem de reverter”, acusa Joaquim Brigas.

Segundo o presidente do IPG, uma das medidas com “efeitos mais gravosos”, implementada em março de 2023, foi a proibição de abrir vagas para concursos especiais e alunos internacionais até 30% do total das vagas do regime geral. Para Brigas, a sobrevivência das instituições do interior depende da criação de “medidas de discriminação positiva” que contrariem a concentração de estudantes em Lisboa e Porto.

Apesar das contrariedades, o presidente do Politécnico garante que a instituição “vai continuar a inovar na sua oferta formativa procurando chegar a novos públicos”. Como prova da vitalidade do IPG, destaca a candidatura de dez novos ciclos de estudos (quatro licenciaturas, quatro mestrados e dois doutoramentos) só para o ano letivo de 2024-2025, um dinamismo que, paradoxalmente, se vira contra a instituição “num ano em que a recessão do número de alunos foi comum a quase todas as instituições do país”.

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