Quinta-feira, Setembro 19, 2024

Organizações LGBTQIA+ repudiam ameaças à 1ª Marcha do Orgulho de Castelo Branco

Em resposta a recentes tentativas de intimidação à 1ª Marcha do Orgulho LGBTQIA+ de Castelo Branco, marcada para o próximo dia 14 de setembro, várias organizações LGBTQIA+ de todo o país emitiram uma nota de repúdio e solidariedade. A Marcha, que será um marco histórico na luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ na região, enfrenta ameaças do grupo extremista Habeas Corpus, conhecido por incitar o ódio e a violência contra minorias.

A indignação aumentou após o grupo ter utilizado as redes sociais para divulgar mensagens que visam intimidar a mobilização. Este incidente ocorre num contexto mais amplo de escalada de ameaças homofóbicas e transfóbicas, que incluem ataques a autores e eventos culturais associados à causa LGBTQIA+, como foi o caso de Mariana Jones e Ana Rita Almeida, cujas apresentações de livros foram alvo de interrupções e ameaças.

Face a estes acontecimentos, as organizações reiteraram a importância das marchas LGBTQIA+ como espaços de afirmação política e de luta pela igualdade, sublinhando que a Marcha de Castelo Branco será um símbolo de resistência contra o ódio. As organizações subscritoras da nota apelam ainda à presença massiva na marcha, reforçando o compromisso com os valores de igualdade, liberdade e orgulho.

Nota de Repúdio e Solidariedade com a 1ª Marcha do Orgulho LGBTQIA+ de Castelo Branco:

_”É com indignação e repúdio que vemos organizações extremistas como a Habeas Corpus legitimarem a violência e o ódio. A mais recente tentativa de intimidação da Marcha do Orgulho LGBTQIA+ de Castelo Branco por parte deste grupo extremista só merece a nossa repulsa e solidariedade na mobilização para a primeira marcha LGBTQIA+ neste concelho!

No mês de junho vimos Mariana Jones, autora do livro ‘O Pedro gosta do Afonso’, a ser alvo de ameaças homofóbicas, vendo a apresentação de um outro livro a ser-lhe impedida pelo grupo de extrema-direita Habeas Corpus, no Porto. No início do mês também a autora Ana Rita Almeida viu a apresentação do seu livro ‘Mamã, quero ser um menino!’ ser interrompida pelo fundador da organização, Rui Fonseca e Castro, em Idanha-a-Nova. Nenhum destes episódios são casos isolados. Desde junho do ano passado que temos vindo a assistir a diversos episódios de violência e ameaças homofóbicas por parte de grupos com uma agenda anti-direitos LGBTQIA+, resultado da legitimação do discurso de ódio.

Existe uma ordem internacional de ódio conservador, que tem raízes na extrema-direita, que incentivam a discriminação e a violência, não sendo exceção em Portugal, em total repulsa à Constituição da República Portuguesa e da legislação em vigor. A discriminação e a violência não são apenas realidades simbólicas, elas têm raízes materiais que operam nas mais diversas formas da vida em coletivo, sendo uma delas o acesso ao espaço público.

As marchas LGBTQIA+ têm tido um papel fundamental na articulação com agendas políticas, conjugando a luta pela liberdade e a luta contra as várias formas de opressão e discriminação. Elas têm aumentado em número significativo em todo o país, e este ano acontece pela 1ª vez a Marcha do Orgulho de Castelo Branco a 14 de setembro. Este será um momento de afirmação política no espaço público com o compromisso de transformar e ocupar as ruas de Castelo Branco com as cores da igualdade, liberdade e do orgulho.

Desta forma, repudiamos a organização Habeas Corpus pela divulgação nas suas redes sociais que pretendem intimidar a 1ª Marcha do Orgulho de Castelo Branco. Enquanto organizações de Marchas do Orgulho por todo o país, compostas por coletivos, associações e ativistas LGBTQIA+, exigimos que o Governo tome iniciativa e atue garantindo o desmantelamento necessário destes grupos de extrema-direita, pois não pode existir espaço para que grupos extremistas condicionem a ação de coletivos que defendem os direitos LGBTQIA+.

Apelamos ainda para que a 14 de setembro, marchemos juntas, juntos e juntes em Castelo Branco contra a homofobia, a transfobia e o ódio!”_

Subscritores:

  • AMPLOS
  • Associação Queer Tropical
  • Braga Fora do Armário
  • Coletivo Joe – Marcha do Orgulho LGBTQIA+ Albicastrense
  • Covilhã a Marchar
  • Coletivo Venham Mais Cinco (Guarda)
  • Espaço Escuta Ativa – saúde mental anti-autoritária
  • Humanamente – Movimento Pela Defesa dos Direitos Humanos
  • Marcha do Orgulho do Porto
  • Núcleo Antifascista de Bragança
  • Marcha LGBTQIAP+ de Vila Nova de Famalicão
  • Marcha LGBTQIAP+ de Santo Tirso
  • Marcha LGBTQIAP+ de Vizela
  • Marcha LGBTQIAP+ de Póvoa de Varzim
  • LGBT+ Vila Real
  • Plataforma Já Marchavas (Viseu)
  • SintraFriendly – Coletivo Juvenil LGBTIQA+ de Sintra e Apoiantes

Organizações LGBTQIA+ repudiam ameaças à 1ª Marcha do Orgulho de Castelo Branco

Em resposta a recentes tentativas de intimidação à 1ª Marcha do Orgulho LGBTQIA+ de Castelo Branco, marcada para o próximo dia 14 de setembro, várias organizações LGBTQIA+ de todo o país emitiram uma nota de repúdio e solidariedade. A Marcha, que será um marco histórico na luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ na região, enfrenta ameaças do grupo extremista Habeas Corpus, conhecido por incitar o ódio e a violência contra minorias.

A indignação aumentou após o grupo ter utilizado as redes sociais para divulgar mensagens que visam intimidar a mobilização. Este incidente ocorre num contexto mais amplo de escalada de ameaças homofóbicas e transfóbicas, que incluem ataques a autores e eventos culturais associados à causa LGBTQIA+, como foi o caso de Mariana Jones e Ana Rita Almeida, cujas apresentações de livros foram alvo de interrupções e ameaças.

Face a estes acontecimentos, as organizações reiteraram a importância das marchas LGBTQIA+ como espaços de afirmação política e de luta pela igualdade, sublinhando que a Marcha de Castelo Branco será um símbolo de resistência contra o ódio. As organizações subscritoras da nota apelam ainda à presença massiva na marcha, reforçando o compromisso com os valores de igualdade, liberdade e orgulho.

Nota de Repúdio e Solidariedade com a 1ª Marcha do Orgulho LGBTQIA+ de Castelo Branco:

_”É com indignação e repúdio que vemos organizações extremistas como a Habeas Corpus legitimarem a violência e o ódio. A mais recente tentativa de intimidação da Marcha do Orgulho LGBTQIA+ de Castelo Branco por parte deste grupo extremista só merece a nossa repulsa e solidariedade na mobilização para a primeira marcha LGBTQIA+ neste concelho!

No mês de junho vimos Mariana Jones, autora do livro ‘O Pedro gosta do Afonso’, a ser alvo de ameaças homofóbicas, vendo a apresentação de um outro livro a ser-lhe impedida pelo grupo de extrema-direita Habeas Corpus, no Porto. No início do mês também a autora Ana Rita Almeida viu a apresentação do seu livro ‘Mamã, quero ser um menino!’ ser interrompida pelo fundador da organização, Rui Fonseca e Castro, em Idanha-a-Nova. Nenhum destes episódios são casos isolados. Desde junho do ano passado que temos vindo a assistir a diversos episódios de violência e ameaças homofóbicas por parte de grupos com uma agenda anti-direitos LGBTQIA+, resultado da legitimação do discurso de ódio.

Existe uma ordem internacional de ódio conservador, que tem raízes na extrema-direita, que incentivam a discriminação e a violência, não sendo exceção em Portugal, em total repulsa à Constituição da República Portuguesa e da legislação em vigor. A discriminação e a violência não são apenas realidades simbólicas, elas têm raízes materiais que operam nas mais diversas formas da vida em coletivo, sendo uma delas o acesso ao espaço público.

As marchas LGBTQIA+ têm tido um papel fundamental na articulação com agendas políticas, conjugando a luta pela liberdade e a luta contra as várias formas de opressão e discriminação. Elas têm aumentado em número significativo em todo o país, e este ano acontece pela 1ª vez a Marcha do Orgulho de Castelo Branco a 14 de setembro. Este será um momento de afirmação política no espaço público com o compromisso de transformar e ocupar as ruas de Castelo Branco com as cores da igualdade, liberdade e do orgulho.

Desta forma, repudiamos a organização Habeas Corpus pela divulgação nas suas redes sociais que pretendem intimidar a 1ª Marcha do Orgulho de Castelo Branco. Enquanto organizações de Marchas do Orgulho por todo o país, compostas por coletivos, associações e ativistas LGBTQIA+, exigimos que o Governo tome iniciativa e atue garantindo o desmantelamento necessário destes grupos de extrema-direita, pois não pode existir espaço para que grupos extremistas condicionem a ação de coletivos que defendem os direitos LGBTQIA+.

Apelamos ainda para que a 14 de setembro, marchemos juntas, juntos e juntes em Castelo Branco contra a homofobia, a transfobia e o ódio!”_

Subscritores:

  • AMPLOS
  • Associação Queer Tropical
  • Braga Fora do Armário
  • Coletivo Joe – Marcha do Orgulho LGBTQIA+ Albicastrense
  • Covilhã a Marchar
  • Coletivo Venham Mais Cinco (Guarda)
  • Espaço Escuta Ativa – saúde mental anti-autoritária
  • Humanamente – Movimento Pela Defesa dos Direitos Humanos
  • Marcha do Orgulho do Porto
  • Núcleo Antifascista de Bragança
  • Marcha LGBTQIAP+ de Vila Nova de Famalicão
  • Marcha LGBTQIAP+ de Santo Tirso
  • Marcha LGBTQIAP+ de Vizela
  • Marcha LGBTQIAP+ de Póvoa de Varzim
  • LGBT+ Vila Real
  • Plataforma Já Marchavas (Viseu)
  • SintraFriendly – Coletivo Juvenil LGBTIQA+ de Sintra e Apoiantes

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