No âmbito da Feira Internacional de Artesanato, Design e outras Artes (FIADA), o reconhecido artista Luís da Cruz apresenta uma nova e impressionante instalação artística na Biblioteca Municipal da Covilhã, a partir do dia 29 de agosto. A obra, intitulada “Equilíbrio de Vida”, envolve o esqueleto de sete colchões de molas suspensos a mais de 10 metros de altura, criando uma poderosa metáfora visual sobre o equilíbrio da vida.
A instalação, que estará em exibição até meados de setembro, explora a simbologia dos colchões, objetos que, segundo o artista, acompanham o ser humano desde o nascimento até à morte. Luís da Cruz reflete sobre o papel silencioso e íntimo dos colchões, que sustentam a vida em todos os seus momentos mais cruciais: “Os colchões dão vida, acompanham toda a nossa existência até morrer. Mesmo no leito da morte, são os colchões que nos sustentam. É nos colchões que nascemos, que passamos um terço dos nossos dias, que usamos para gerar vida, onde morremos”, explica o artista.
A escolha dos colchões como elemento central da obra visa também criticar o modo como esses objetos, que têm um papel tão central nas nossas vidas, são descartados sem cerimónia. Para Luís da Cruz, estes objetos merecem um fim digno, quase sagrado, e a sua instalação é uma tentativa de celebrar e reconhecer esse valor.
Além da instalação “Equilíbrio de Vida”, Luís da Cruz é também responsável pelo design do stand do Município da Covilhã na FIADA. O stand, coberto de fardos de palha envoltos em burel, contará com a presença central de uma escultura intitulada “A Noiva”, bem como outras peças em metal, vidro e cerâmica, representando a diversidade de artesãos que participam no evento.
Esta dupla intervenção artística de Luís da Cruz não só enriquece a programação da FIADA, como também convida os visitantes a refletirem sobre os elementos simples e quotidianos que, muitas vezes, sustentam as complexidades da vida humana. A instalação “Equilíbrio de Vida” promete ser um dos destaques culturais deste verão na Covilhã.