Na manhã de segunda-feira, 28 de abril de 2025, um apagão de grandes proporções atingiu Portugal continental, Espanha, Andorra e partes do sul de França, deixando milhões de pessoas sem eletricidade e provocando perturbações significativas em serviços essenciais.
O corte de energia teve início por volta das 11h33 (hora de Lisboa), afetando infraestruturas críticas como semáforos, redes de metro, hospitais e comunicações móveis. Em Portugal, o metro de Lisboa foi interrompido, os semáforos deixaram de funcionar e os hospitais recorreram a geradores para manter os serviços essenciais. Aeroportos como os de Lisboa, Porto e Faro operaram com limitações, sendo que o de Lisboa chegou a encerrar temporariamente.
A REN (Redes Energéticas Nacionais) atribuiu o apagão a um fenómeno atmosférico raro, provocado por variações extremas de temperatura em Espanha, que induziram oscilações nas linhas de alta tensão e desestabilizaram a sincronização da rede elétrica europeia. A hipótese de ciberataque foi inicialmente considerada, mas as autoridades portuguesas e espanholas não encontraram evidências de ação deliberada.
A reposição da energia foi gradual ao longo do dia. Por volta das 20h30, cerca de 110 subestações em Portugal estavam novamente operacionais, restabelecendo o fornecimento a aproximadamente um milhão de clientes.
O governo português, liderado por Luís Montenegro, convocou um Conselho de Ministros de emergência para gerir a crise. A situação levou ao adiamento de eventos importantes, como o debate eleitoral entre o primeiro-ministro e o líder da oposição, Pedro Nuno Santos, e jogos da Primeira e Segunda Liga de futebol. Os arquipélagos da Madeira e dos Açores não foram afetados pelo apagão.
No Concelho de Belmonte, a energia acabou por ser reposta, por volta das 22:40
A Comissão Europeia está a colaborar com os países afetados para investigar as causas do incidente e reforçar a resiliência da rede elétrica europeia.