A Câmara Municipal de Águeda aprovou esta terça-feira, 23 de dezembro, no período antes da ordem do dia da reunião extraordinária do executivo, o projeto de execução do Eixo Rodoviário Aveiro–Águeda (ERAA), uma das mais relevantes infraestruturas rodoviárias alguma vez projetadas para o concelho e para a região.
Na nota introdutória, o presidente da autarquia, Jorge Almeida, classificou a intervenção como “uma obra que só peca por tardia”, sublinhando tratar-se de um passo absolutamente determinante para o desenvolvimento de Águeda. O autarca adiantou que o próximo passo será o lançamento do concurso público da empreitada, referindo ainda que, no mesmo dia, decorre uma reunião idêntica na Câmara Municipal de Aveiro, refletindo a articulação institucional entre os dois municípios.
O projeto assenta num consórcio já constituído entre a Câmara Municipal de Águeda e a Câmara Municipal de Aveiro. O preço base estimado da obra ascende a 109.299.867,72 euros, valor que não inclui os custos associados às expropriações necessárias, as quais serão asseguradas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
De acordo com o projeto de execução, o investimento distribui-se por várias componentes técnicas, destacando-se:
- Obras de arte especiais: cerca de 48,6 milhões de euros, representando aproximadamente 44,5% do valor global;
- Terraplanagens: cerca de 14,8 milhões de euros;
- Pavimentação: aproximadamente 12,6 milhões de euros;
- Obras acessórias: mais de 11,1 milhões de euros;
- Drenagem: cerca de 4,9 milhões de euros;
- Equipamentos de sinalização e segurança: aproximadamente 6 milhões de euros;
- Obras de arte integradas e diversos, que completam o montante total da empreitada.
Durante a discussão, o vice-presidente Edson Santos enalteceu o trabalho desenvolvido pelo presidente da câmara, salientando que “sendo uma obra essencial para Águeda, estamos todos unidos, independentemente do partido”, evidenciando o consenso político em torno do projeto.
A proposta foi aprovada por unanimidade pelo executivo municipal, consolidando um passo decisivo para a concretização de uma infraestrutura há muito aguardada e considerada estratégica para a mobilidade, competitividade económica e coesão territorial de Águeda e da região.
