A Câmara Municipal da Covilhã anunciou medidas para atenuar os efeitos do descongelamento da Taxa de Atualização Tarifária (TAT) nos preços dos passes urbanos, assumindo os custos adicionais para que os cidadãos paguem menos a partir de fevereiro.
Com esta intervenção, o município consegue mitigar o impacto do aumento de 2,02% definido para a TAT em 2025, aplicando uma taxa final de 1,63% e garantindo que os valores pagos pelos utilizadores não ultrapassem aumentos de 0,55€ nos passes urbanos e 0,65€ nos passes urbanos + suburbanos.
No caso do passe urbano mensal, o preço original, que subiu de 33,95€ para 41,20€, será ajustado para 34,50€, com os utilizadores a enfrentarem um aumento mínimo de apenas 0,55€ face a 2024. Já o passe urbano + suburbano, que tinha subido de 38,95€ para 47,25€, será reduzido para 39,60€. A diferença será integralmente suportada pela Câmara, num investimento anual significativo.
O presidente da autarquia, Vítor Pereira, afirmou que esta decisão visa proteger os Covilhanenses e atenuar os efeitos do aumento, criticando a falta de apoio por parte do Governo. “Decidimos que, uma vez mais, tínhamos que ser nós a assumir esse apoio aos nossos concidadãos”, afirmou, sublinhando a necessidade de o Governo reforçar as verbas para o Interior, de modo a garantir uma maior equidade entre as grandes áreas metropolitanas e os territórios do Interior.
Vítor Pereira reforçou ainda o apelo para que o Estado assuma as suas responsabilidades no financiamento do setor dos transportes nas regiões menos favorecidas. “Só assim se fará a devida Justiça ao Interior e às nossas populações”, concluiu.
Esta medida reafirma o compromisso da Câmara da Covilhã em combater as desigualdades e assegurar que o aumento do custo de vida tenha um impacto mínimo na vida dos habitantes locais.
