A segunda edição da Academia Mais Integração, a decorrer no Fundão até 14 de setembro, tem como objetivo partilhar experiências e boas práticas com migrantes, contando com a participação de várias multinacionais, entre elas a Capgemini e a Beralt, responsável pelas Minas da Panasqueira. Durante o evento, 50 profissionais de instituições públicas, privadas e da sociedade civil participam numa semana intensiva de formação dedicada à integração e migração.
A Capgemini, que emprega centenas de informáticos imigrantes na sua unidade do Fundão, e a Beralt, empresa canadiana que explora as Minas da Panasqueira, são alguns dos destaques desta edição. Ambas as empresas irão partilhar as suas experiências de integração de trabalhadores estrangeiros num ambiente profissional diversificado. Além disso, empresas familiares, como a Energias Primo e a J3LP, também marcam presença, reforçando o papel do setor empresarial na integração de migrantes.
O evento conta ainda com uma série de conferências, incluindo a presença do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Nuno Sampaio, que discursará esta quarta-feira. Na sexta-feira, o holandês Peter Scholten, especialista em migrações e diversidade da Universidade de Roterdão, irá discutir os desafios que a imigração impõe às sociedades atuais, numa conferência aberta ao público no Casino Fundanense. Esta sessão contará com a participação de Paulo Pedroso, sociólogo e ex-ministro do Trabalho e Solidariedade.
Cláudia Pereira, ex-secretária de Estado para a Integração e as Migrações e coordenadora da Academia, sublinha a importância de formar profissionais que trabalham diariamente com migrantes e destaca o papel da Academia como um espaço de partilha de conhecimento e desenvolvimento de competências. “Estamos empenhados em envolver cada vez mais empresas para que partilhem as suas experiências e enviem os seus quadros para futuras edições”, afirma.
Com vagas esgotadas para esta edição, os organizadores já anunciaram a próxima edição da Academia Mais Integração para março de 2025, reforçando o compromisso com a formação e integração de migrantes em Portugal.
